O jogo patológico, ou vício em jogos de azar, representa atualmente uma das formas mais desafiadoras de dependência comportamental, com implicações que vão além das perdas financeiras, afetando a saúde mental e a qualidade de vida das pessoas envolvidas. 

Nos últimos anos, a popularização das casas de apostas/cassinos no Brasil têm ampliado as preocupações sobre os efeitos do jogo patológico, especialmente entre jovens e adolescentes. 

Pensando nisso, a seguir vamos explorar as conexões entre o jogo compulsivo e a saúde mental, o impacto dos novos formatos de apostas em jogos tradicionais e as intervenções que podem ajudar a mitigar os danos dessa prática.

A conexão entre o aposta e a saúde mental

Saúde Mental e Jogos de Azar

O jogo patológico é uma condição que afeta cerca de 1% a 3% da população mundial — e está frequentemente associada a problemas psicológicos. 

A relação entre o vício em jogos de azar e a saúde mental é complexa e bidirecional: a compulsão por apostar pode agravar distúrbios mentais existentes, como depressão e ansiedade, enquanto muitos indivíduos recorrem aos jogos como uma forma de lidar com suas emoções negativas.

O ciclo vicioso entre perda e aposta agrava o sofrimento psicológico, exacerbando sentimentos de culpa, vergonha e desespero. A incapacidade de controlar os impulsos para continuar jogando leva à deterioração da autoestima e ao isolamento social. 

As perdas financeiras geram tensões significativas que, por sua vez, aumentam o risco de depressão profunda e outros transtornos mentais.

Transtornos mentais associados ao vício

Diversos transtornos mentais podem contribuir para o desenvolvimento do jogo patológico; a ansiedade, por exemplo, é uma das condições mais comuns entre jogadores compulsivos. 

A incerteza financeira gerada pelas apostas geram níveis elevados de estresse e preocupação contínua, intensificando os sintomas de transtornos ansiosos.

A depressão é outro transtorno comumente associado ao vício em jogos de azar. Para muitos indivíduos, apostar oferece uma fuga temporária de sentimentos de tristeza, mas, à medida que as perdas se acumulam, a sensação de fracasso se intensifica. 

Esse ciclo alimenta a depressão e pode ser um obstáculo significativo para a recuperação.

Além disso, distúrbios como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) também têm sido ligados à prática. 

No caso de pessoas com TDAH, a impulsividade exacerbada torna mais difícil resistir às recompensas imediatas. Já os portadores de TOC podem desenvolver uma fixação obsessiva com a ideia de ganhar, alimentando o comportamento compulsivo de jogar repetidamente.

Jogos de azar em jogos digitais

Com a evolução da indústria de jogos digitais, surgiram novas modalidades de jogo que se assemelham aos jogos de azar tradicionais, sendo um exemplo popular os loot boxes

Os loot boxes são pacotes virtuais comprados com dinheiro real ou moeda de jogo, contendo prêmios aleatórios que podem melhorar a experiência do jogador. 

Essa mecânica, que simula apostas, tem levantado debates sobre os riscos de expor jovens e adolescentes a comportamentos semelhantes ao jogo de azar ainda na juventude.

Estudos têm mostrado que a exposição precoce a loot boxes (e outras formas de apostas em jogos digitais, como roletas ou slots) pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas relacionados a jogos de azar no futuro. 

Cerca de 20% dos jogadores que já apostam em jogos convencionais também compram loot boxes, e esse comportamento, muitas vezes, evolui para outras formas de apostas — como jogos de azar em cassinos. 

Esse cruzamento entre gaming e gambling cria uma nova geração de jogadores suscetíveis a transtornos comportamentais e problemas de saúde mental.

O que diz as neurociências

O estudo do cérebro de jogadores compulsivos têm fornecido novas informações nos últimos anos para a compreensão dos mecanismos subjacentes ao vício em jogos de azar. 

Pesquisas apontam para a disfunção em áreas cerebrais relacionadas à recompensa e à regulação emocional, como o estriado ventral e o córtex pré-frontal. Esses circuitos neurológicos influenciam comportamentos impulsivos e a capacidade de avaliar riscos, aspectos críticos no desenvolvimento do vício.

Já estudos com neuroimagem mostraram que pessoas com vícios em apostas apresentam menor atividade no estriado ventral durante a antecipação de recompensas financeiras. 

Além disso, o volume reduzido da amígdala e do hipocampo pode dificultar a regulação emocional e o aprendizado de associações negativas com a perda.

Compreender esses mecanismos pode ajudar a desenvolver novas terapias para o tratamento de jogadores compulsivos. Algumas pesquisas têm explorado o uso da estimulação cerebral como uma forma de regular os impulsos e melhorar o controle emocional em pessoas com comportamento compulsivo. 

Embora ainda em estágios iniciais, essas intervenções mostram potencial para melhorar os tratamentos disponíveis.

Intervenções e tratamentos atuais

O tratamento do jogo patológico é desafiador, especialmente porque muitos dos indivíduos afetados não buscam ajuda. Estima-se que 90% dos jogadores compulsivos nunca procuram tratamento.

As opções mais comuns incluem terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda a identificar e modificar os pensamentos disfuncionais, e o tratamento dual para abordar comorbidades com transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

Os programas de tratamento mais eficazes combinam terapia individual com grupos de apoio, além do manejo medicamentoso em casos de co-ocorrência com transtornos mentais. 

O foco na identificação de gatilhos emocionais e na reestruturação de padrões de pensamento tem se mostrado eficaz na redução dos impulsos de jogar nos últimos anos.

A prioridade deve ser a diversão

Saúde Mental e Jogos de Azar

O ambiente dos cassinos e das casas de apostas online pode ser envolvente, mas é importante manter uma perspectiva saudável sobre a prática. O objetivo principal dos jogos de azar deve ser a diversão e o entretenimento, e não a busca incessante por ganhos. 

Sempre estabeleça limites claros para seu tempo e seu dinheiro antes de começar a jogar, e evite deixar que as emoções influenciem suas decisões de apostas. 

Apostar de maneira responsável significa reconhecer quando é hora de fazer uma pausa e garantir que o jogo não se torne uma fonte de estresse ou preocupação.

Se você está procurando uma plataforma para desfrutar de uma experiência de jogo segura, considere abrir uma conta na BC.GAME. Nosso cripto cassino oferece uma ampla gama de jogos com baixas margens da casa e uma abordagem transparente e justa. 

Lembre-se de priorizar sempre a diversão e o equilíbrio em sua experiência de jogo. Jogue com responsabilidade, conheça seus limites e aproveite o entretenimento de forma saudável.

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